CASA GALERIA apresenta: MIGUEL MILÁ
Falar em design industrial espanhol é falar de Miguel Milá. Nascido em Barcelona em 1931, o arquiteto veio de uma família bastante ligada à arte – não por coincidência, a famosa Casa Milá (ou La Pedrera), de Gaudí, leva seu sobrenome porque foi encomendada pelo seu tio Pedro Milá Camps.
No último dia 13 de agosto nos despedimos de Milá e, por isso, deixo aqui um breve resumo sobre ele, que foi considerado um dos pioneiros do design moderno na Espanha.
Milá começou sua carreira como arquiteto de interiores, mas logo se destacou na criação de móveis e luminárias que combinavam simplicidade, estética e, sobretudo, funcionalidade. E se há uma coisa que se destaca em seu estilo é o comprometimento com a natureza funcional. Seu maior objetivo era ver que suas peças poderiam ser úteis. Design, para ele, era colocar os outros antes do próprio ego.
Nos primeiros anos de sua carreira, Milá não encontrava objetos que pudessem se adequar ao estilo moderno de seus projetos – isso fez com que ele criasse as suas próprias peças. Subconscientemente, o designer começava a profissionalizar uma carreira totalmente nova.
Milá estava sempre em movimento, com sua personalidade inquieta. Teve sua própria empresa, fez colaborações com outros grandes nomes e também foi um dos membros fundadores do Grupo de Desenho Industrial, que buscava promover o design moderno na Espanha e superar as dificuldades impostas pela escassez de materiais na época do pós-guerra.
Entre suas criações mais icônicas estão a luminária TMM (1962) e a luminária Cesta (1964), reeditadas pela Santa & Cole, marca que leva hoje mais de 30 produtos projetados por Miguel, tornando-se uma das três empresas mais importantes em sua carreira, junto com a Polinax e a Gres.
Ao longo de toda a sua vida, Milá se destacou por abordar seus projetos de maneira mais semelhante a de um artista do que a de um designer, permitindo que suas ideias fluíssem com espontaneidade e naturalidade. Com suas propostas inovadoras e suas raízes no artesanal, esse renomado designer deixou como legado a sua capacidade de iluminar um ambiente – de forma literal e… poética.
